Quando, durante a gestão do então ministro Paulo Guedes na Economia, o economista Aloísio Araújo enviou-lhe estudo sugerindo que era melhor flexibilizar a meta de inflação para não ter que elevar demais a taxa de juros, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, respondeu, durante a conversa com Guedes, que não. Por uma razão simples: as expectativas de inflação iam desancorar e, para trazê-las de volta a seu curso, os juros teriam que subir ainda mais do que já subiriam.