Parlamentares que conversaram recentemente com militares graduados lotados no Ministério da Defesa identificaram uma preocupação: a investigação em curso do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. Chefe dos ajudantes de ordem de Jair Bolsonaro, Cid entrou na mira do Supremo Tribunal Federal no inquérito que apura o vazamento — pelo presidente — de informações sigilosas do Tribunal Superior Eleitoral sobre urnas eletrônicas. Segundo militares, essa investigação pode atrapalhar a carreira do coronel Mauro Cid e impedi-lo de alcançar a patente de general. Isso tem incomodado o próprio Bolsonaro. Tanto que, no último dia 6, a própria Advocacia-Geral da União enviou ao ministro Alexandre de Moraes um pedido para que sejam interrompidas as investigações. Além do caso da divulgação dos dados sigilosos do TSE, o ajudante de ordem também entrou na mira do Supremo por ajudar Bolsonaro na 'live' em que o presidente tentou associar as vacinas contra a Covid à transmissão da Aids.